terça-feira, 23 de dezembro de 2014

(A)riscar por Torres Vedras I

Na semana passada, dia 17 de Dezembro, iniciei um novo projecto pessoal ligado aos riscos e ao património arquitectónico.

Pirncipal objectivo: conhecer e dar a conhecer a cidade de Torres Vedras, mas a cidade menos turistica, menos habitada, a cidade dos becos e travessas, das obras inacabadas, das idosas à janela, a cidade das obras e das ruínas, a cidade de todos e de ninguém...

Rua do Quebra Costas, a nascente do Castelo. Caderno A5,80gr, caneta preta impermeável. 

Nesta Rua podia ter optado pelo famoso e pitoresco arco da Travessa com o mesmo nome da Rua: Quebra Costas. No entanto, optei por este cruzamento de ruas, cuja moradia de gaveto, apesar das obras que foi sofrendo ao longo das décadas e talvez séculos, consegue salvaguardar a identidade de uma tipologia característica do centro histórico: 2 pisos, uma cércea modesta; cantarias em pedra; beirado "à portuguesa"; cobertura inclinada de 3 águas (gaveto).

Outra característica que destaco deste espaço são as obras que nos centros históricos, tendem a nunca terminar. A cidade é mesmo assim, viva e assim deve continuar...

Neste mesmo cruzamento, talvez pela capacidade de adaptação das casas, verifico que muitas delas estão habituadas. É verdade que para isso, algumas foram violentamente alteradas e subjugadas a uma arquitectura pouco recomendável. No entanto há uma qualidade que ninguém lhes pode tirar: estão habitadas.

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Nota Biográfica

André Duarte Baptista, arquiteto, nasce em 1980 na cidade de Torres Vedras, onde reside e trabalha. Em 2013, obtém o grau mestre em arqui...