sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Paraty 3ª Parte

A 3ª parte, foi desenvolvida após o Encontro de Urban Sketchers. Aproveitei nesta fase, entre os compromissos que tinha, continuar a desenhar e a fazer uma reflexão, primeiro do evento e depois uma autocrítica, relativamente à "evolução" dos meus desenhos/participação.
 
1º - Avaliação global do evento
Aspectos positivos: Boa organização; excelente ambiente entre participantes e organização; O encanto do Lugar; Variedade das técnicas dos Workshops; qualidade dos formadores.
 
Aspectos negativos: A língua oficial não ser a do país anfitrião (O inglês deveria ser sempre a 2ª língua, garantida por um interprete); Cada vez mais arte e menos diário gráfico.
 
2º - O que é que o Simpósio mudou na minha maneira de encarar o desenho?
Se pensava que já sabia alguma coisa, lá voltei à estaca zero, ao ver a enorme qualidade dos nossos colegas. A variedade de técnicas, materiais, temas foi de uma riqueza incomparável. A simplicidade é na maioria das vezes a semente do sucesso de qualquer desenho.
 
3º - O que é que eu quero (para mim mesmo) do desenho?
Desenhos simples e sintéticos, genuínos, reveladores de um momento/história,  acompanhados de texto. Por isso, percebi que andei uma semana a fazer "postais", algo em que não me revejo. Para mim o desenho é uma filosofia de vida (clichê que fica sempre bem usar), mas também e sobretudo uma ferramenta de trabalho (talvez por defeito de profissão). Desenhar obriga-me a relacionar com o espaço, com as pessoas e a perceber a verdadeira identidade de um Lugar, indo para lá das paisagens de "postal" e procurar o lado genuíno das coisas. Para tal é necessário ser crítico do que vê e do que se faz. Mais do que as técnicas, interessa-me a capacidade de observação, mais do que o resultado, interessa-me o processo.
 
Para perceber estas diferenças fui trabalhando sempre de 2 formas distintas, em simultâneo: cadernos desdobráveis e o diário gráfico. É interessante perceber a diferença dos registos.
 





 





Até aqui foram desenhos feitos em cadernos desdobráveis, cujo objectivo seria/será expor através de um mostra de desenhos em Torres Vedras. No entanto, já se verifica uma procura de alteração de registo. Só agora percebo, o que procurava: muito menos cor e maior liberdade no traço.



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Nota Biográfica

André Duarte Baptista, arquiteto, nasce em 1980 na cidade de Torres Vedras, onde reside e trabalha. Em 2013, obtém o grau mestre em arqui...